O Porto do Pecém iniciou estudos para identificar que investimentos serão necessários na infraestrutura do complexo portuário para atrair investimentos para projetos de eólicas offshore e hidrogênio verde para o Ceará. A informação foi divulgada pela secretária de Relações Internacionais do Estado, Roseane Medeiros.
Ela destacou que o Pecém tem uma área disponível grande para abrigar o desenvolvimento de uma nova indústria como a do hidrogênio e eólicas offshore. Uma das propostas do Ceará é desenvolver toda a cadeia de produção no Estado.
“É uma grande vantagem, porque muitos outros lugares do mundo que estão nessa corrida não têm essa vantagem de ter a área que nós temos disponíveis para oferecer para os investidores”, comentou.
Ao todo, quatro empresas interessadas em desenvolver projetos de hidrogênio verde têm, hoje, pré-contrato com o Complexo do Pecém (CIPP S/A), uma joint venture formada pelo governo cearense e pelo Porto de Roterdã, dos Países Baixos. São elas a Cactus Energia, Fortescue, AES Brasil e Casa dos Ventos.
“Ou seja, eles estão pagando já um aluguel pela reserva da área que eles querem. Obviamente, os primeiros que chegam conseguem as melhores condições. Que aí são condições de cada investidor de ficar perto da área do Porto, com fácil acesso à transmissão, com fácil acesso também à captação de água. Então, todos esses, os primeiros que chegam, vão ter as vantagens mais facilidades no sentido de reservarem as melhores áreas”, comentou Medeiros.
A secretária conta que os investimentos privados ainda deslancharam no ritmo esperado, mas, segundo ela, o “compromisso continua firme”, sobretudo por parte da Europa e seu interesse em buscar fontes de suprimento de hidrogênio verde competitivo.
Medeiros acredita ainda que a presidência do Brasil no G20, este ano, tende a colocar em evidência a pauta da transição energética.

