A empresa cearense Casa dos Ventos promete chegar a produção de 4,2 gigawatts (GW) em energias renováveis até 2026. O diretor-executivo da companhia, Lucas Araripe, afirmou que a empresa vem alcançando com estudos para novas soluções para a transição energética. Conforme Araripe, o projeto da companhia no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) para a exportação de Hidrogênio Verde (H2V) na forma de amônia está na fase de modelagem, podendo ter decisão de investimento em 2025.
Durante coletiva de imprensa, o diretor pontuou que a Casa dos Ventos pretende ingressar na fonte solar, tornando algumas de suas usinas eólicas híbrida. Segundo o Araripe, a modalidade otimiza custos e a utilização de infraestruturas de transmissão que ficam ociosas parte do tempo. A companhia mira chegar a uma capacidade instalada de 1 GW em energia solar até 2026.
No total, os novos projetos voltados à transição energética devem somar cerca de R$ 12 bilhões em investimentos. Da quantia, 70% deve ter financiamento de longo prazo contratado junto a bancos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Nordeste (BNB).
De acordo com Araripe, após uma alta dos preços de energia no início de 2024 devido à piora da hidrologia, os consumidores aumentaram o interesse em contratar mais energia de longo prazo, principalmente no que diz respeito a projetos eólicos e solares, que possuem incentivos como isenção de pagamento de encargos sociais.
Desde 2022, após anunciar uma joint venture com a petroleira francesa TotalEnergies, os negócios da companhia ganharam impulso. O acordo com a empresa também tem permitido que a Casa dos Ventos comece a trabalhar em “soluções verdes”, como o fornecimento de hidrogênio, amônia e metanol produzidos com energia limpa. Conforme o diretor-executivo da companhia cearense, a petroleira ajuda com o apoio técnico e com negociações com potenciais “offtakers” para os combustíveis verdes.

