O mercado de energia solar no Brasil deve ser beneficiado em 2024 devido a uma série de fatores, como queda no preço de equipamentos fotovoltaicos e aumento nas tarifas de energia. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) divulgou projeção de acréscimo de 9,3 GW em capacidade instalada em 2024. Dessa forma, a fonte atingiria 45,5 GW de potência acumulada no país ao final do ano.
Desse total, 31 GW serão provenientes da geração distribuída, segmento formado por pequenos e médios sistemas, enquanto 14,4 GW estarão na geração centralizada, mercado formado por grandes usinas solares.
Segundo a avaliação da entidade, os novos investimentos gerados pelo setor fotovoltaico poderão ultrapassar a cifra de R$ 38,9 bilhões em 2024, com mais de 281,6 mil novos empregos e uma arrecadação extra de mais de R$ 11,7 bilhões aos cofres públicos.
Durante o Encontro Nacional Absolar, realizado em São Paulo (SP), o CEO da entidade, Rodrigo Sauaia, declarou que o desempenho do mercado de energia solar, especialmente o de geração distribuída, dependerá de fatores macroeconômicos e da resolução de questões regulatórias.
“São fatores que influenciam o acesso ao crédito, como a taxa básica de juros e o nível de endividamento do nosso país. Também dependerá muito do que vai acontecer do ponto de vista da regulamentação, especialmente em relação ao artigo 73 da Resolução 1.000 da Aneel, que precisa ser corrigido”, disse Sauaia.
A Resolução Normativa n° 1.000/2021 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) consolida as principais regras a prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica. O artigo 73 dispõe sobre a inversão de fluxo, evento que ocorre quando a energia injetada pelo sistema fotovoltaico ultrapassa a demanda da rede elétrica.

