A fonte eólica, que usa a força dos ventos para produção de energia, já é conhecida no Brasil. A presença de turbinas em terra, no entanto, não é a única forma de geração de eletricidade. É possível colocá-las também no mar, a chamada energia eólica offshore. Realidade na Europa, Ásia e América do Norte, a eólica offshore começou a dar seus primeiros passos no Brasil, com pedidos de licenciamento no Ibama.
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Até 30 de agosto deste ano, o órgão ambiental contabilizava 78 pedidos de licenciamento, somando 189 GW de potência instalada – quase a capacidade total de energia já instalada centralizada no país e conectada ao Sistema Interligado Nacional (194 GW).
A capacidade de exploração e as principais barreiras para o desenvolvimento de projetos constam do estudo Oportunidades e desafios para geração eólica offshore no Brasil e a produção de hidrogênio de baixo carbono – elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e que foi lançado em Brasília, no evento pré-COP 28.

Potencial brasileiro
Globalmente, estima-se que 260 GW podem ser gerados até 2030, elevando o total global de instalações eólicas offshore para 316 GW ao final desta década. Para isso, estão previstos investimentos na ordem de US$ 1 trilhão. Os números globais ainda não repercutiram no Brasil, cujo aproveitamento do potencial energético offshore, de cerca de 700 GW (3,6 vezes a capacidade de energia já instalada no país), segue inexplorado.
A CNI mapeou uma faixa costeira e identificou as regiões com maiores oportunidades de exploração. No Nordeste, é observada uma grande área de viabilidade na costa entre o estado do Piauí, do Ceará e no Rio Grande do Norte.
Além de ajudar o Brasil no cumprimento das metas definidas pelo Acordo de Paris, há a expectativa de que o setor eólico – onshore e offshore incluídos – empregue cerca de 2,2 milhões de pessoas até 2030 e mais 2,1 milhões até 2050 no mundo, segundo a Agência Internacional de Energias Renováveis.

